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26 de setembro de 2019

Quando se fala, se escreve ou se lê a palavra “corrente”, o que vem a nossa mente? Normalmente, pensamos numa corrente forte, firme, de ferro. E, metaforicamente, em volta dessa ideia, é comum o questionamento sobre que tipo de força é essa que nos acorrenta (ou nos move), nos afastando do que somos, através de imagens subliminares construídas e impostas a nossa pessoa como positivas.

Paradigmas inquestionáveis provocam no ser o distanciamento de si mesmo. Acorrentados a nossas crenças, seguimos como rebanhos, à procura de um pastor a nos guiar, a nos ditar o que devemos fazer, falar, como nos comportar, vestir… Mas, e se pudéssemos voltar o olhar para dentro de nós, o que aconteceria? Poderíamos provocar verdadeiras rebeliões e até chocar as pessoas à nossa volta. Estas, talvez nos achem esquisitos; outras irão nos julgar, nos condenar e sentenciar: “Culpado”!

Poucas te admirariam, afinal era exatamente o que elas gostariam de fazer, mas lhes falta coragem. Algumas, talvez, reagirão de forma a arrebentar também a sua corrente. De que corrente estamos falando? Você saberia dizer o que te acorrenta? Que tipo de crenças tem de si, dos outros, do mundo? Faça o bem, dizem. Mas, de que bem estamos falando? Do bem para o outro ou do bem para si? Outros falam:- faça isso, faça aquilo… Isso não pega bem, você não pode ser assim, diferente.

O “Esquadrão da Moda” dita as regras sobre o que vestir. Que regras? Quem as criou? Então você, sem força, cede e caminha na direção oposta ao seu verdadeiro “eu”, tudo em nome do “siga o padrão”. Desaparecidos como pessoa, adoecemos, nos automutilamos e somatizamos, seguimos a corrente de um falso “bem social”, infectado por conceitos e preconceitos. Sem voz, não temos vez; dominados, sucumbimos. Depressivos, ansiosos, buscando por respostas, encontramos na “pílula da felicidade”, algo que garanta o retorno à vida. Afinal, a falsa felicidade esconde o medo de revelar segredos. Assim, seguindo o caminho “mais fácil” nos distanciamos do lugar onde desejaríamos estar.

Boa reflexão!

Gisela Purper Barreto -Psicóloga Clínica Pós Graduada em Arteterapia – CRP 07/28740