Era uma árvore que tinha suas raízes muito profundas.

Um dia ela foi ferida por pessoas que lhe eram muito caras, pessoas às quais mais amor lhes havia dispensado. Inexplicavelmente, essas pessoas passaram a lhe destratar, lhe desrespeitando em cada uma de suas folhas que eram arrancadas simplesmente por prazer ou inconsciência.

A árvore, em sofrimento, começou a secar; seus galhos, antes verdejantes, foram murchando pouco a pouco, sedentos de seiva da vida. Suas raízes se lançam numa busca incessante de algo que possa fazer a árvore novamente verdejar.

Na conexão com a Terra, percebe as batidas do seu coração junto à natureza, atingindo a compreensão da essência latente que pulsa no seu interior. Com toda delicadeza, se une ao líquido precioso capaz de nutri-la e inicia o retorno, distribuindo pequenas partículas de ectoplasma para cada uma de suas células.

A árvore, com a seiva ainda bruta, começou a produzir o fertilizante necessário e eis que o milagre acontece: sua dor transforma-se em auto compaixão. A árvore então, parou de lutar, ordenou a todos os seus galhos e folhas que só o sentimento de paz pudesse brotar e fluir em seus ductos.

Neste instante, o sol apareceu em sinal, fortalecendo as suas energias e, onde só haviam poucas folhas, agora também nasceram flores.

“Se você já se sentiu assim como essa árvore, saiba que dentro de você existe algo escondido pulsando, gritando e pedindo a sua autorização para florescer”. Autoconhecimento é para todos. Você não precisa fazer essa viagem sozinho, juntos seremos mais fortes.

Boa Reflexão…

Gisela Purper Barreto -Escrita Criativa -Psicóloga clínica/Pós-graduada em Arteterapia

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