18 de setembro de 2019
A polaridade das emoções nos acompanha desde cedo. Partindo dessa premissa, você já deve ter reparado que uma moeda sempre tem dois lados!
Aceitar que todos nós experienciamos sentimentos antagônicos em relação a uma mesma pessoa, situação e até a nós mesmos é um processo que nos move em direção ao autocontrole emocional quando reconhecemos este movimento.
Compreendido este como um processo natural do desenvolvimento de todo ser humano, apaziguamos nossa mente, aquietamos nosso coração, nos tornamos compassivos e desempenhamos com maestria as relações interpessoais de forma mais respeitosa para conosco e para com os outros. Emoções são como ondas: vão e vêm! Sendo assim, podemos nos permitir amar alguém, apesar de que, de repente, essa pessoa possa fazer algo de que não gostemos, que nos entristeça.
Mas, ter um sentimento de tristeza não nos impede de continuarmos lhe amando!
O problema acontece quando não identificamos nossos sentimentos, não quebramos paradigmas e guardamos essas emoções dentro do peito, acreditando que elas devam ser cultivadas. Eternizadas em segredo, transformam-se em raiva de nós mesmos, do mundo e dos outros. Mágoa, ansiedade e depressão, internalizadas, tornam-se crenças inquestionáveis para nós. Validar nossos sentimentos sem medo é um trabalho delicado que requer primeiramente reconhecê-los, aceitá-los, e validá-los. Transpor verdades “definitivas”, não lógicas, nadar sob as ondas, envolve o respeito a nossos sentimentos e ao nosso verdadeiro “Eu”.
Estarmos atentos a esse processo pode nos revelar um novo caminho, desenvolver novas habilidades sociais que resultam na gestão de nossas emoções. Então, passemos a refletir: que sentimentos nutrimos dia após dia, sem ao menos dar-nos a oportunidade de expressá-los? De compreendê-los e de aceitá-los?
Gisela Purper Barreto -Psicóloga Clínica Pós Graduada em Arteterapia – CRP 07/28740