11 de setembro de 2019
No palco da vida representamos papéis variados. E quando o fazemos de forma equilibrada, revelam-se caminhos inusitados, onde situações adversas são ultrapassadas sem maiores dificuldades.
Lidar com emoções insuportáveis é como uma casa em construção: precisa de um bom alicerce; entre os tijolinhos, uma camada enorme de aconchego, de amor incondicional, onde não haja escassez de carinhos, abraços, beijos e limites.
Sim! Limites são necessários. Como podemos lidar com frustrações, se não aprendermos os limites desde cedo? Dizer “Não” é também uma forma de poder dizer: “o quanto eu te amo”!
As emoções são processos adaptativos, onde os indivíduos avaliam situações cotidianas e, através destas, processam uma resposta positiva ou negativa diante dos fatos.
Na tentativa de reduzir emoções intensas alguns pais, hoje, se esquecem de dizer o “Não” a seus filhos, esquecendo-se de que frustrações são necessárias para o desenvolvimento do equilíbrio emocional da criança. Ao receber o “não” em casa, ela aprenderá a lidar melhor com as frustrações que irão se apresentar ao longo de sua história.
Ensinar limites a nossos filhos é também compreender os nossos próprios limites, é compreender que existe um outro a quem devemos estar atentos. É saber que a nossa liberdade termina quando a do outro se manifesta. É colocar-se no lugar desse outro, que narcisicamente ignoramos.
Então, viver pode ser sim um constante despertar, quando estamos dispostos a olhar para o nosso interior e compreendermos o porquê de tanta dificuldade em dizer “Não”. Compreendermos que essa é uma dificuldade nossa e não da criança!
Boa reflexão a todos…
Gisela Purper Barreto – Psicóloga – CRP 07/28740